sábado, 4 de julho de 2015

Acompanhando os debates sobre a privatização da Rio-Santos




Durante a leitura da ordem do dia da última sessão ordinária do nosso Legislativo Municipal, ocorrida em 30/06, fomos informados sobre o convite da Câmara de Angra dos Reis quanto à realização da audiência pública de ontem (03/07), às 18 horas, na Casa Laranjeiras, Centro do Município vizinho, a fim de debater sobre a privatização da Rodovia Mário Covas - BR 101 (Rio-Santos).

Representando o nosso vereador Zé Maria, participei do evento e, na oportunidade, pude falar sobre a importância de se acrescentar a construção de uma ciclovia no projeto de duplicação da estrada. Expus também o anseio de Mangaratiba por uma rodovia mais segura, mencionando os notórios casos de atropelamento que acontecem na BR-101, inclusive perto do Bairro Cachoeira, em Muriqui, problema que havia motivado a propositura da Indicação N.º 193/2015 na nossa sessão de 12/06 (ler matéria Moradores do bairro Cachoeira aguardam uma passarela!). 

Convocada a requerimento do vereador angrense Jorge Eduardo Mascote (PMDB), o qual gentilmente me recepcionou em sua cidade, a audiência pública contou com a participação do deputado federal Fernando Jordão (PMDB), do secretário Municipal de Defesa Civil de lá e de um representante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Além de mais três edis da cidade vizinha, Claudinho, Jairo Magno e Fábio Macedo, compareceram também muitos cidadãos e representações de associações de moradores de Angra.

Sem dúvida, este é um debate muito importante e que nos interessa visto que afeta a vida não só dos cidadãos angrenses como também das populações de outros municípios, inclusive o nosso. Vale esclarecer que a privatização dos 357 km de extensão da rodovia Rio-Santos, entre o Rio de Janeiro e Ubatuba, cuida-se de uma proposta que dá continuidade ao Programa de Investimentos e Logística (PIL) do governo federal. A previsão é que o leilão se realize em 2016 e sejam investidos R$ 3,1 bilhões, incluindo também o Arco Metropolitano, o qual liga a BR 101, no município de Itaboraí, à Baixada Fluminense.

Fiquemos atentos!

Cordialmente, 

Rodrigo Phanardzis Ancora da Luz

(Assessor Parlamentar) 







Imagens: Convite enviado pela Câmara Municipal de Angra dos Reis e fotos tiradas de meu celular, as quais mostram a agradável recepção do vereador angrense Jorge Eduardo Mascote (à esquerda) e a mesa de debates durante a fala do deputado federal Fernando Jordão.

Um comentário:

  1. Sinceramente, não sou contra que as rodovias sejam entregues à iniciativa privada desde que possamos usufruir de serviços de qualidade que proporcionem mobilidade, conforto e segurança aos usuários. Tendo em vista que uma expressiva parcela da produção agrícola e industrial do país é transportada por meio de caminhões nas rodovias, toda a nossa economia tende a ganhar com as melhorias previstas. Lembremos, por exemplo, de quem faz comércio exterior e depende do transporte terrestre para exportar/importar.

    No entanto, faço uma crítica quanto ao fato do governo federal não ter incluído nos últimos editais de privatização das estradas a construção de uma faixa cicloviária, o que considero fundamental para alavancarmos o turismo neste nosso Brasil. Trata-se, pois, de considerarmos uma tendência cada vez mais crescente no continente europeu onde os governos dos países membros da UE têm desenvolvido vários trajetos ciclísticas por lá.

    Assim, a ciclovia Paneuropa tomou isso como exemplo e ligou diversos caminhos ciclísticos a uma rota de Paris até Praga. Ao todo são 661 quilômetros! Quem já viajou pra Alemanha sabe como o país de Angela Merkel é bem desenvolvido no que diz respeito ao transporte alternativo, fontes renováveis de energia e preservação do meio ambiente. E, se pararmos para refletir, a América do Sul pode e deve seguir esta mesma tendência, sendo certo que o nosso potencial de exploração turística é enorme. Logo, nessa onda de de investimentos em rodovias, pode-se muito bem adotar uma nova visão de Brasil.

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